Entardecer D’Oeste, Láurea e Passionata. Esses são os nomes dos três queijos finos autorais desenvolvidos no Laboratório de Queijos Finos do Biopark Educação e avaliados no World Cheese Awards 2024. O evento, organizado pela Guild of Fine Food, é considerado o Oscar dos queijos e foi realizado em Portugal, nos dias 15 e 16 de novembro. Entre mais de 4.700 queijos avaliados, o Passionata fez história ao se tornar a primeira tecnologia brasileira a subir ao palco e conquistar o título de um dos 10 melhores do mundo, alcançando o 9º lugar.
A edição deste ano reuniu queijos de mais de 40 países, celebrando a diversidade e a excelência queijeira em escala global. Após rigorosa avaliação, o Passionata foi classificado entre os 14 queijos selecionados para a grande final, sendo não só o único do Brasil, mas também da América Latina.
Cada tecnologia apresenta uma característica única: o Entardecer D’Oeste, com sua maturação cuidadosa, destaca sabores que remetem à tradição do interior do Paraná; o Láurea combina ingredientes que exaltam a biodiversidade da região, apresentando infusão de louro em sua receita; enquanto o Passionata traz um toque brasileiro inovador e autêntico por ser um queijo maturado com infusão de maracujá.
Mais do que apresentar as criações ao mundo, participar de uma competição internacional coloca o Oeste do Paraná em destaque no cenário global, ressalta a gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Extensão, Carolina Trombini. “Ao competirmos com três queijos finos em um evento tão relevante, estamos evidenciando a força da colaboração entre pesquisa, inovação e a vocação queijeira da nossa região”, afirma.
A conquista no World Cheese Awards trouxe grande alegria e emoção aos fundadores do Biopark, Dra. Carmen e Dr. Luiz Donaduzzi. Além de garantir uma medalha, o prêmio reafirma o propósito do projeto de Queijos Finos do Biopark: consolidar o Oeste Paranaense como referência em queijos finos de excelência.
Para a Dra. Carmen, ver o queijo Passionata entre os melhores do mundo é motivo de celebração. “Ficamos entre os 10 melhores do mundo, dentro de um projeto que acabou de nascer. É uma grande alegria e gratidão a toda a equipe que participou, especialmente ao nosso mestre queijeiro, Kennidy”, destaca.
Já para o pesquisador Kennidy de Bortoli, um dos Melhores Queijeiros do Brasil, segundo o 3º Mundial do Queijo do Brasil, cada um desses queijos finos é tal qual uma peça de arte, refletindo uma trajetória de dedicação e inovação. “O Biopark Educação decidiu apostar na diversidade criativa. Os queijos foram criados por brasileiros, para brasileiros, e agora conquistaram o paladar de jurados de todo o mundo”, completa.
Participar do World Cheese Awards representa um marco significativo para qualquer produtor queijeiro, e mais ainda para o Projeto de Queijos Finos. Isso porque o projeto desenvolve um papel social com mais de 20 produtores associados, desenvolvendo queijos premiados e transferindo essa tecnologia de forma gratuita para pequenos produtores. “Estar entre os melhores do mundo e ver o nosso trabalho valorizado em um cenário tão competitivo mostra que o que nós fazemos aqui no Biopark tem uma relevância além das nossas fronteiras,” afirma Kennidy.
Por isso, o projeto de Queijos Finos tem um significado especial para o Biopark, representando muito mais do que uma simples iniciativa. “Os queijos finos não são apenas um xodozinho, eles são um cartão de visita. Eles simbolizam aquilo que produzimos e compartilhamos, alinhados ao propósito do Biopark de inovar e transformar”, enfatiza a Dra. Carmen Donaduzzi.
Para Carolina Trombini, essa premiação é o reconhecimento do esforço e da excelência, pilares de todas as iniciativas realizadas no Biopark, e que foram investidos na construção de uma cadeia local de produção de queijos finos. “Ao ser reconhecido mundialmente, o nosso projeto fortalece sua reputação e amplia sua visibilidade agora em um cenário global”, conclui.
De mesmo modo, para o Dr. Luiz Donaduzzi, a conquista também reflete a força da tecnologia desenvolvida no Biopark e seu impacto direto nas pequenas propriedades rurais. “Estamos concorrendo com queijos centenários, e nós temos apenas 5 anos de produção. Hoje, temos 22 produtores associados ao projeto, recebendo tecnologias que transferimos gratuitamente. Nosso objetivo é viabilizar pequenas propriedades rurais, permitindo que avancem na vida, e esse prêmio reflete a excelência presente em tudo o que fazemos.”, finaliza.