Estudantes de engenharia de bioprocessos e biotecnologia irão desenvolver projeto voltado ao agronegócio com alunos do ensino médio
Há nove anos, nascia o Parque Tecnológico do Oeste do Paraná — Biopark. Localizado a 16 km do centro de Toledo, o que antes era uma área de cultivo de soja e milho deu lugar a uma cidade planejada, com ruas asfaltadas, moradores, prédios, universidades e empresas. Tendo a educação como um dos seus principais pilares, o Biopark abriga campi da UFPR (Universidade Federal do Paraná), da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), do IFPR (Instituto Federal do Paraná) e da Faculdade Biopark, além de laboratórios modernos, equipados e compartilhados por empresas residentes e pesquisadores.
“Acreditamos fortemente que a pesquisa e o ensino acadêmico devem estar conectados à prática, por isso ampliamos continuamente nosso campo de atuação”, explica o coordenador do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da Faculdade Biopark, Joel Cordeiro Júnior. “Neste ano, como parte de um programa de extensão do curso, estamos firmando parcerias com colégios estaduais do município para desenvolver aulas práticas e didáticas com alunos do ensino médio e técnico”, acrescenta.
A primeira parceria foi firmada com o Colégio Presidente Castelo Branco, um dos maiores do município, com mais de 1.720 alunos matriculados entre ensino médio e técnico. “Temos 15 turmas de terceiro ano e, em média, 50% dos estudantes devem continuar os estudos e ingressar no ensino superior”, afirma a presidente da Associação de Pais, Mestres e Funcionários do colégio, Viviane Dohl Feiten. “Para nós, é fundamental aproximar esses jovens das universidades e instigá-los cada vez mais ao conhecimento”, destaca Viviane.
Parceria
Inicialmente, dez alunos da graduação em Engenharia de Bioprocessos irão participar do projeto no colégio, previsto para seguir até o fim de 2025, com possibilidade de prorrogação por mais dois anos. Com foco no agronegócio, o projeto terá a supervisão de um professor da Faculdade Biopark, que utilizará o laboratório da escola para as atividades práticas.
Em contrapartida, os professores do colégio — referência no ensino público da região — participarão de programas de capacitação oferecidos pela área de educação do parque tecnológico. “A entrada de uma universidade no colégio envolve processos burocráticos, por isso exigimos essa contrapartida. Somos referência e queremos continuar sendo exemplo de ensino público de qualidade”, finaliza Viviane.