Plástico biodegradável com ação antibacteriana; Canudo biodegradável e comestível; Inseticida natural contra o cascudinho; Plástico semente biodegradável. Todos esses projetos científicos foram desenvolvidos por alunos de 9 à 17 anos, no Clube de Ciências do Biopark Educação, e premiados na Feira Mineira de Iniciação Científica (FEMIC).
Ao todo, foram mais de 1.200 estudantes, 277 trabalhos de 5 países diferentes. A competição, que teve todas as suas fases online, teve sua cerimônia de premiação no dia 01 de dezembro. O resultado? Prêmios, medalhas, troféus e o melhor: credenciais para novas feiras, nacionais e internacionais.
A Feira Mineira de Iniciação Científica (FEMIC) é um movimento de promoção e divulgação científica que incentiva a criatividade, a inovação e o protagonismo em estudantes e professores, através de ações diversas de ensino, pesquisa e extensão. No total, foram 10 prêmios para o Clube, sendo que destes estão também 4 credenciais para feiras nacionais e 2 para feiras internacionais.
Por isso, a lista de projetos premiados é grande. Na Femic Júnior foram dois projetos: “Canudos biodegradáveis: uma alternativa envolvendo o aproveitamento de resíduos” e “Plástico semente biodegradável”, ambos ganhadores de credenciais para a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia – Mostratec Júnior, no Rio Grande do Sul.
Já na Femic Jovem, os projetos científicos campeões foram a “Formulação de protetor solar com extrato de plantas com propriedades fotoprotetoras”, garantindo a credencial para o Ciência Jovem em Pernambuco e 1º lugar geral dos anos finais Ensino Fundamental; a “Construção de jogo da memória sobre a célula animal e vegetal em língua portuguesa, LIBRAS e braille”, ganhador da credencial para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), em São Paulo e 2º lugar geral anos finais Ensino Fundamental.
Ainda na Femic Jovem, os mini cientistas ganharam duas credenciais internacionais com os projetos: “Plástico biodegradável com ação antibacteriana”, com credencial internacional para a Feira Internacional Copa Tecnociências, em Assunção, no Paraguai e também a classificação em 2º lugar geral; e a “Ação inseticida da calda de Nicotiana tabacum L. frente a larvas e adultos do cascudinho dos aviários”, com credenciais para a Expociências Zamá, no México e 1º lugar geral.
Além disso, o Clube de Ciências também foi premiado com o título de “Aluna Destaque”, a honraria foi alcançada pela estudante Ellen Milena Mariani, de 14 anos. Ellen entrou no Clube de Ciências em 2021, quando o projeto iniciou no Biopark Educação. “Apesar de eu estar confiante no dia da apresentação, para mim foi uma surpresa. Eu me senti muito feliz, por todo o meu esforço durante o ano. Foi uma honra para mim ser aluna de destaque.”, comenta Ellen.
Para ela, as aulas e projetos desenvolvidos no Clube já a fazem pensar na resposta para aquela pergunta clássica: que ela quer ser quando crescer. Ellen conta que desenvolveu uma afinidade pelas áreas da ciência e que seu laboratório favorito é o de ciências. “Eu tenho três faculdades que eu gostaria de fazer: Engenharia Ambiental, Biologia ou Farmácia. Então, os conhecimentos que aprimoramos aqui e as pesquisas que fazemos, vão me ajudar muito quando eu for para a faculdade.”, conta.
Acima de tudo, por serem pesquisas científicas, os projetos são orientados pela professora responsável pelo Laboratório de Ciências, Jéssica Pandini. “A pesquisa científica é um ponto muito forte no Clube de Ciências, pois proporciona um avanço muito grande no conhecimento.”, afirma.
De mesmo modo, a orientadora ainda se emociona ao ver que os estudantes, mesmo que jovens, trazem problemas reais para desenvolver soluções dentro dos laboratórios. “Os projetos desenvolvidos são focados na resolução de questões voltadas à nossa região, assim como é o caso do cascudinho dos aviários e também de questões globais como a poluição plástica no ambiente.”, orgulha-se a orientadora.
Para a coordenadora do Clube de Ciências, Cirlei Rossi, os projetos científicos são de suma importância para o desenvolvimento do estudante, isso porque identificam quais habilidades ele desenvolve em grau mais acentuado. “Temos a preocupação de fazer com que o aluno se enxergue e tenha a possibilidade de ver quais habilidades ele desenvolve em grau mais acentuado.”, afirma.
Por fim, quando questionada sobre as premiações dos mini cientistas, os olhos da coordenadora brilham. “Ver a alegria dos estudantes não tem preço, tem valor emocional. É um momento de pura felicidade. Isso renova nossas energias.”, finaliza.
Sobre o Clube de Ciências
Com o objetivo de incentivar o desejo pela pesquisa científica desde os primeiros anos de vida, o Clube de Ciências desenvolve com crianças, a partir dos 9 anos, projetos nas áreas de ciências biológicas, robótica, programação e empreendedorismo. Ainda recente, o projeto já rendeu vários prêmios nacionais e internacionais.
Até porque, à primeira vista, o mundo é um lugar cheio de mistérios, e aos olhos das crianças, mais ainda. E nem sempre os adultos conseguem explicar o funcionamento das coisas para os pequenos curiosos. E é exatamente com o propósito de integrar o conhecimento científico com momentos de diversão e aguçar a curiosidade de crianças e adolescentes pelo universo da ciência que, em 2018, foi fundado o Clube de Ciências.
Aliás, de acordo com o fundador do Biopark Educação, Dr. Luiz Donaduzzi, o Clube de Ciências é um lugar de encantamento. Além, é claro, de muita tecnologia, diversão, conhecimento e aprendizagem. Um espaço inteiro planejado para instigar estudantes de 9 a 17 anos, no Clube de Ciências.